Arquitetura é uma questão de conceito
por Rafael Santos de Souza
Quando os grandes mestres-de-obras, artesãos, escultores e operários gregos edificaram suas grandes obras, como o Parthenon – sem dúvida, a expressão máxima da arquitetura clássica – eles preocupavam-se em edificar o prédio mais perfeito que pudessem. Não só construtivamente, mas esteticamente... É claro! A perfeição norteava a elaboração de cada elemento, o emprego dos materiais, a forma como os mesmo eram trabalhados evocavam o sublime, o belo... O conceito de belo e a evocação do sublime definiam como as edificações seriam implantadas, como seriam edificadas, quais ornatos receberiam; definiam o tipo de acabamento que os materiais receberiam. Esse é só um, dos muitos exemplos de conceito forte e alcançado no conjunto da obra de arquitetura... Imaginemos se os gregos não houvessem procedido desta maneira! Que produto teriam deixado para a história?
Poderia listar muitos dos os artifícios geométricos, plásticos e matemáticos, que eles empregaram em suas construções, mas o fato é apenas um: conseguiram cumprir na arquitetura edificada o conceito que haviam proposto para a mesma quando projetada – se é que podemos falar de projeto para a época!
Quando vemos um projeto pouco conceitual, conseguimos adjetiva-lo facilmente... só temos duas colocações: ou é feio ou é bonito! Não conseguimos nos expressar em relação à obra de arquitetura... é só mais um prédio... não faz diferença alguma... é uma repetição no máximo de um conceito batido e rebatido... tão gasto que deixou de ser conceito! Um conceito esvaziado! Agora! Quando a obra pronta nos causa alguma sensação, além da atração estética, ou não, notamos que há algo “diferente” na obra – deferente, em arquitetura, é uma expressão muito usada pelos leigos para exprimir uma falta de compreensão da edificação ou para exprimir uma sensação que ele não compreende que lhe é causada pelo edifício.
Algo que nos incomoda, que nos atraí, que faz com que aquela arquitetura nos chame a atenção e deixe de ser apenas mais uma em meio a tantas outras, está relacionado a um conceito, mesmo que este tenha sido inconsciente... Conceito inconsciente é aquele conceito que dominou o arquiteto que não tinha um conceito forte, mas que produziu um bom resultado arquitetônico... Às vezes acontece! É raro, mas acontece!
Não existe obra sem conceito, seja na arquitetura, na música, na escultura, na literatura, toda arte para ser arte – é o que eu acredito – precisa de um conceito e não existe conceito bom ou ruim. O que há na verdade é um conceito bem explorado e alcançado - o que faz dele forte. Aquele que é colocado pelo artista em cada traço de sua obra... Para nós arquitetos e/ou futuros arquitetos é aquele que se apropria dos elementos tecnológicos, dos materiais e da estética para causar a sensação desejada, mesmo que essa seja o descaso, o desinteresse... Que é uma sensação muito observada nas diversas arquiteturas que nos circundam! Não são interessantes, são apenas edificações, puras e simples. Lembrando que simplicidade e pureza também podem ser usadas como conceito!
É difícil conceituar o que é “conceito de arquitetura”, pode ser qualquer coisa: uma sensação, uma proporção, uma palavra, uma atitude, uma cor, uma atividade... Qualquer coisa pode se tornar um conceito forte, que por sua vez será responsável por uma boa arquitetura. Cabe, unicamente, ao indivíduo arquiteto sabe-lo defini-lo, exprimi-lo e explora-lo. E certamente se eu e você leitor ou leitora, tivermos o mesmo conceito, certamente teremos obras diferentes, pois cada um explorará materiais, técnicas, plásticas e quantos elementos projetuais podermos utilizar de maneiras diferentes. Só nos resta descobrir que conceito queremos para nossas obras, se criaremos um novo, ou usaremos um outro existente, mesmo que seja aquele batido e rebatido, mas que ainda não teve suas possibilidade exauridas. Afirmo, não por experiência, mas por certeza de que a nossa arquitetura será bem melhor, se tomarmos o conceito como diretriz e ferramenta. Será melhor avaliada pelo usuário real, direto ou indireto, ou pelo professor chato da faculdade, pois teremos respostas melhores para as equações técnicas e estéticas ou para até outras equações que nos propusermos a responder num projeto de arquitetura...Sabe, aquela coisa de uma idéia na cabeça? É isso aí que é conceito. Copie um ou crie o seu! Dependendo do caso é melhor copiar um que dominamos, para não termos problemas de falta de propriedade do conceito que criamos...
Quando os grandes mestres-de-obras, artesãos, escultores e operários gregos edificaram suas grandes obras, como o Parthenon – sem dúvida, a expressão máxima da arquitetura clássica – eles preocupavam-se em edificar o prédio mais perfeito que pudessem. Não só construtivamente, mas esteticamente... É claro! A perfeição norteava a elaboração de cada elemento, o emprego dos materiais, a forma como os mesmo eram trabalhados evocavam o sublime, o belo... O conceito de belo e a evocação do sublime definiam como as edificações seriam implantadas, como seriam edificadas, quais ornatos receberiam; definiam o tipo de acabamento que os materiais receberiam. Esse é só um, dos muitos exemplos de conceito forte e alcançado no conjunto da obra de arquitetura... Imaginemos se os gregos não houvessem procedido desta maneira! Que produto teriam deixado para a história?
Poderia listar muitos dos os artifícios geométricos, plásticos e matemáticos, que eles empregaram em suas construções, mas o fato é apenas um: conseguiram cumprir na arquitetura edificada o conceito que haviam proposto para a mesma quando projetada – se é que podemos falar de projeto para a época!
Quando vemos um projeto pouco conceitual, conseguimos adjetiva-lo facilmente... só temos duas colocações: ou é feio ou é bonito! Não conseguimos nos expressar em relação à obra de arquitetura... é só mais um prédio... não faz diferença alguma... é uma repetição no máximo de um conceito batido e rebatido... tão gasto que deixou de ser conceito! Um conceito esvaziado! Agora! Quando a obra pronta nos causa alguma sensação, além da atração estética, ou não, notamos que há algo “diferente” na obra – deferente, em arquitetura, é uma expressão muito usada pelos leigos para exprimir uma falta de compreensão da edificação ou para exprimir uma sensação que ele não compreende que lhe é causada pelo edifício.
Algo que nos incomoda, que nos atraí, que faz com que aquela arquitetura nos chame a atenção e deixe de ser apenas mais uma em meio a tantas outras, está relacionado a um conceito, mesmo que este tenha sido inconsciente... Conceito inconsciente é aquele conceito que dominou o arquiteto que não tinha um conceito forte, mas que produziu um bom resultado arquitetônico... Às vezes acontece! É raro, mas acontece!
Não existe obra sem conceito, seja na arquitetura, na música, na escultura, na literatura, toda arte para ser arte – é o que eu acredito – precisa de um conceito e não existe conceito bom ou ruim. O que há na verdade é um conceito bem explorado e alcançado - o que faz dele forte. Aquele que é colocado pelo artista em cada traço de sua obra... Para nós arquitetos e/ou futuros arquitetos é aquele que se apropria dos elementos tecnológicos, dos materiais e da estética para causar a sensação desejada, mesmo que essa seja o descaso, o desinteresse... Que é uma sensação muito observada nas diversas arquiteturas que nos circundam! Não são interessantes, são apenas edificações, puras e simples. Lembrando que simplicidade e pureza também podem ser usadas como conceito!
É difícil conceituar o que é “conceito de arquitetura”, pode ser qualquer coisa: uma sensação, uma proporção, uma palavra, uma atitude, uma cor, uma atividade... Qualquer coisa pode se tornar um conceito forte, que por sua vez será responsável por uma boa arquitetura. Cabe, unicamente, ao indivíduo arquiteto sabe-lo defini-lo, exprimi-lo e explora-lo. E certamente se eu e você leitor ou leitora, tivermos o mesmo conceito, certamente teremos obras diferentes, pois cada um explorará materiais, técnicas, plásticas e quantos elementos projetuais podermos utilizar de maneiras diferentes. Só nos resta descobrir que conceito queremos para nossas obras, se criaremos um novo, ou usaremos um outro existente, mesmo que seja aquele batido e rebatido, mas que ainda não teve suas possibilidade exauridas. Afirmo, não por experiência, mas por certeza de que a nossa arquitetura será bem melhor, se tomarmos o conceito como diretriz e ferramenta. Será melhor avaliada pelo usuário real, direto ou indireto, ou pelo professor chato da faculdade, pois teremos respostas melhores para as equações técnicas e estéticas ou para até outras equações que nos propusermos a responder num projeto de arquitetura...Sabe, aquela coisa de uma idéia na cabeça? É isso aí que é conceito. Copie um ou crie o seu! Dependendo do caso é melhor copiar um que dominamos, para não termos problemas de falta de propriedade do conceito que criamos...
Lamentavelmente temos aqui um péssimo exemplo sobre conceito e linguagem arquitetônica. Diversas vezes o autor equivoca-se ao empregar os termos corretos que, supostamente definiriam o "conceito" na arquitetura. Mais lamentavel ainda é a exortação: "copie um ou crie o seu"...
ResponderExcluirSuriro ao autor deste infame artigo que leia um pouco mais sobre conceito e liguagem da arquitetura. Para tal, Introdução à Arquitetura, do Snyder e Catanese cai como uma luva.
Talvez após a leitura detalhada, o autor poderá reformular os seus "conceitos".
Alexandre M. de Lima.
Arquiteto e Urbanista.(UFPA)
Msc. Engenharia Civil.(UFPA)
Dr. em História Social e Urbana na Amazônia. (NAEA/UFPA)
Gostaria primeiramente de agradecer à sua participação e colaboração no nosso modesto blog.
ResponderExcluirE ainda, ressaltar que é de grande importância a sua atitude de expressar a sua opinião (que por sinal pra nós vale muitissimo!!!), nós expressamos a nossa, nesse caso, o meu querido amigo e colega de classe, Rafael, que no seu inicio de vida acadêmica, e na época, 7° semestre da faculdade de Arquitetura daqui da UFBA, simplesmente apresentou sua ideia.
O senhor está convidado para criar um artigo ou mesmo postar mais opiniões aqui no nosso blog, nosso objetivo inicial ao construí-lo foi apenas apresentar as nossas ideias e conceitos. Esse blog está longe de ser uma fonte de pesquisa, e como o próprio conceito do que é ter um "blog" é esse: o de apresentar ideias, gostaria que não somente o senhor mas muita gente que tem nos escrito se manifestasse, ora elogiando ora criticando...formando opinião!
Um grande abraço professor,
Esperamos formar ainda uma opinião com relação a tantos assuntos que envolvem à Arquitetura e aorender mais dela.
excelente resposta, poderia após a crítica ter postado o conceito que julga correto, assim poderíamos ver o que está errado e aprender mais com o senhor.
Excluiralderico, estudante de arquitetura na FANOR
modesto ou não... o conceito de conceito morre em suas mãos...
ResponderExcluirProfessor de bela formação acadêmica, mas lamentável postura hein?! Faltou fazer umas cadeiras de HUMILDADE né Doutor ALexandre de Lima? Isso se o perfil não for fake (Oo).
ResponderExcluirQue bonito seria, né Isabela, se o doutor se oferecesse para nos ajudar antes de despejar sua arrogância? Que pena. De pouco vale tanto conhecimento em um espírito que demonstrou tão pouca prontidão. "Quem não vive para servir, não serve para viver."
Bom, vou continuar minha pesquisa sobre conceito em arquitetura um pouco mais decepcionado com a classe.
E parabéns pelo blog, Isabela.
Muito obrigada Binoco...
ResponderExcluirpara a sua pesquisa encontrei recentemente na net um pdf falando sobre conceito na arquitetura:
http://www.4shared.com/file/108378871/37248b8c/CONCEITO_EM_ARQUITETURA2.html
Espero que ajude!
abraços
EU CONCORDO COM O BINOCO...ACREDITO QUE PARA CRITICAR ALGUEM É NECESSÁRIO QUE SAIBAMOS FAZER MELHOR QUE A TAL, SENDO ASSIM, ESPERAVA QUE O 'SR. DOUTOR, PUDESSE NOS PASSAR QUAL SEU CONCEITO SOBRE "CONCEITO"..PORQUE APESAR DE LERMOS A RESPEITO, ACREDITO Q CADA UM TEM O DIREITO DE FORMULAR SEU PRÓPRIO CONCEITO.
ResponderExcluirLi o artigo, achei de grande expressão, temo sim de ter opiniões um conceito próprio, não algo engessado conseguido nos bancos da faculdade por professores deste naipe. Por isso que o seu amazonas esta como esta "Dr" falta muito, os livros nos ensina mas não nos obriga a nada, podemos conceituar nossas obras da maneira que a entendemos.
ResponderExcluirPortanto para criticar não devemos ter apenas a nossa opinião mas um embasamento fique calado "Dr", se não souber como faze-lo.
Jorge Antônio
Arquiteto e Urbanista
SENHOR JORGE ANTONIO, O ASSUNTO ABORDADO É SOBRE ARQUITETURA, NÃO VENHA VOCÊ QUERER SEQUER FALAR MAL DE UM ESTADO QUE POR SINAL TRABALHA MUITO PARA A CONTRIBUIÇÃO DE SUA EDUCAÇÃO, NÃO SOMOS DIFERENTES DOS DEMAIS ESTADOS BRASILEIROS, TEMOS AS DIFICULDADES E PROBLEMAS COMO QUALQUER OUTRO, MAIS AS ENFRENTAMOS COM AUTRUISMOS POIS ASSIM NOS É ENSINADO, EU AINDA ME PERGUNTO PORQUE AINDA TEMOS PESSOAS QUE ACHAM QUE O ESTADO DO AMAZONAS É SÓ MAIS UMA FLORESTA , TEMOS PESSOAS QUE AQUI VIVEM E SE ORGULHAM DO LUGAR ONDE MORAM, EMBORA AS DIFICULDADES BATAM À NOSSA PORTA, SOMOS TODOS SERES HUMANOS INDEPENDENTE DO LUGAR ONDE MORAMOS, O ESTADO DO AMAZONAS ENFRENTA SIM DIFICULDADES QUE POR SUA VEZ É COMUM NO NOSSO BRASIL .
ResponderExcluirMARTA SANTOS,
ESTUDANTE E NASCIDA O ESTADO DO AMAZONAS
SAUDAÇÕES AOS CAROS ESTUDANTES E AOS DOCENTES DESSE MARAVILHOSO DEBATE, SOU ESTUDANTE DE ARQUITECTURA NA UTANGA(UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA), EU ACHO QUE TODOS TEMOS O DIREITO DE PESQUISAR E DESENVOLVER OS CONCEITOS CONSUANTE AS NOSSA FONTES PARA ENRRIQUECER O NOSSO CONHECIMENTO NO AMBITO DO CONCEITO ARQUITECTÓNICO, CA EM ANGOLA O CURSO DE ARQUITECTURA NAS UNIVERSIDADE É UM CAOS AUTENTICO E EU GOSTARIA QUE DEIXASSEMOS AS NOSSAS DIFERENÇAS PRA LÁ E FIZESSEMOS O QUE É O CERTO, QUE É UMA TEORIA CONCEITUAL SOBRE O CONCEITO ARQUITECTÓNICO... OBRIGADO PELA ATENÇÃO DE TODOS QUE LEREM O MEU CONTRIBUTO.
ResponderExcluir